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O Café como Espelho do Corpo: Sabedoria, Raiz e Presença


Uma xícara de café com uma constelação

As Deusas do Café e a Origem Divina

Há deusas que não vivem nos templos, mas nas cozinhas.

 E falam na língua do café.

O café é uma semente feminina. Nele pulsa a presença das mulheres que, há séculos, colhem, torram e passam o grão em rituais silenciosos, quase invisíveis, pequenos atos de devoção cotidiana. Mas o café é mais do que bebida. Ele é símbolo de despertar, fogo que atravessa gerações e espelho da memória ancestral. Quando o café é preparado com consciência, ele se torna altar. Quando é bebido com presença, ele se torna oração.

A Semente que Dança

Dizem que o café nasceu de um milagre, um sussurro entre o sono e o despertar.

Nas montanhas da Etiópia, o jovem pastor Kaldi notou que suas cabras dançavam após mastigar certos frutos vermelhos. Curioso, provou-os e sentiu dentro de si um fogo suave, um despertar. Levou os frutos a um monge sufi, que, assustado, lançou-os ao fogo. Do braseiro subiu um aroma divino. O monge então recolheu os grãos torrados, moeu-os e misturou-os à água: nascia a primeira xícara de café, a bebida da presença.

Outra lenda conta que o profeta Maomé, exausto, recebeu o café das mãos do anjo Gabriel, que lhe ofereceu uma taça escura e perfumada: “Bebe, ó Mensageiro, e retoma tua força.” Assim, o café tornou-se conhecido como kawa, a bebida do espírito e da vigília.

No coração dessas histórias, o café é presente divino, ponte entre o humano e o sagrado, luz que nasce no escuro. É o elo entre o corpo e a consciência, o silêncio da noite e a canção do amanhecer.

Cada xícara é um altar. Cada borra, um mapa do destino.

A Origem do Café e o Corpo da Terra: Sabedoria e Sangue

O café é uma semente que atravessou oceanos para despertar continentes.

A história do café é também a história da terra e do corpo que a trabalha. Nascido na África, o café enraizou-se no Brasil, carregando consigo uma narrativa de colonização, resistência e renascimento.

No corpo do grão, pulsa a memória das mulheres negras e indígenas, as primeiras a tocar essa planta sagrada, transformando-a em símbolo de sustento e sabedoria. Beber café hoje é, portanto, um ato de memória e reparação. É reconhecer que cada gole carrega a força de quem cultivou, colheu, e sustentou esse país com suas mãos. É aprender com o café o gesto de honrar a terra e suas guardiãs.

O Café como Grão Cerimonial: A Alquimia da Presença

Beber café é acender o corpo por dentro.

Antes de ser bebida social, o café foi medicina e ritual. Cada xícara é uma alquimia dos quatro elementos: Terra (o pó), Água (o líquido), Fogo (a torra) e Ar (o aroma). O resultado é Presença.

Em um mundo que dispersa e acelera, o café nos chama de volta ao foco sagrado. Ele não apenas desperta , ele ancora, ela dá energia, afeto. Não apenas aquece , ele revela.

O Café e a Mulher Brasileira: O Ritual Invisível

Durante séculos, servimos o café. Agora, deixamos que ele nos sirva , revelando o que somos.

O café acordou o Brasil. E por trás desse despertar estavam as mulheres: as que passavam, serviam, calavam e observavam. Foram elas as guardadoras do ritual, as sacerdotisas do cotidiano, transformando o trabalho em cuidado e o silêncio em escuta.

Hoje, o café volta às mãos da mulher não como tarefa, mas como instrumento de autoconhecimento e poder pessoal. Ele nos ensina que o despertar é interno e que o sagrado mora nas pequenas ações.

A Leitura da Borra: O Corpo que Fala

A borra fala na língua do inconsciente. É o corpo dizendo o que a boca cala.

Quando o café termina, o mistério começa. A borra que repousa no fundo da xícara é rastro do sentir, eco da intuição, voz do corpo simbólico.

Ler a borra é ler a si mesma: decifrar o que ficou, o que precisa ser virado, o que está pronto para emergir. É uma escuta do invisível , uma cartografia da alma.

O Corpo como Oráculo: A Dança da Revelação

Quando o corpo fala, o café escuta. E o oráculo se acende dentro de nós.

Na vivência Oráculo do Corpo: Café, Borra e Dança, o café desperta, a borra revela e o corpo traduz. É o ciclo completo da presença: sentir, compreender, mover. A dança surge como integração , o gesto que devolve à terra o que foi visto. O corpo torna-se oráculo vivo, canal de revelação e cura.

O Convite: Oráculo do Corpo: Café, Borra e Dança

Junte-se a nós nesta jornada de retorno e revelação. Uma manhã para lembrar o que o corpo sabe e o café revela.

•Data: 9 de novembro

•Local: Casa Sol

•Investimento: Vivência Gratuita

Permita que o café te leve de volta para casa. Permita que seu corpo revele o que está pronto para emergir.

A vivência integra a Jornada da Pedra Verde ; uma jornada com o yoni egg verde de jade para recalcular sua rota em 2026.

Com amor,

Anaterazu

 
 
 

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